quinta-feira, 7 de março de 2013

Leave me a message...

Cari ragazzi!!


Dia após dia, sinto que estou cada vez mais familiarizada com a palavra escrita, preferindo, na maioria dos casos, ler a falar. Seguramente não serei a única a reconhecer este sintoma patológico, e sem motivo aparente, isto deixa-me feliz. By the way, não creio que o responsável pela minha mudança de comportamento seja o meu problema de expressão, porque esse podemos encontrá-lo tanto na escrita como oralmente. O drama está no que começou por ser um desejo exclusivo para as pessoas pelas quais não nutria grande proximidade, mas que agora se alastrou ao comum dos mortais - pelo menos aqueles que a je conhece. Convínhamos que um simples nome e uma fotografia no visor do Blackberry facilita imenso a vida a quem só consegue decorar três novos nomes por ano. Recorrer a esta técnica de comunicação permitiu-me, durante várias temporadas, poupar-me a situações embaraçosas como o não reconhecimento facial e a total ausência de nome ou apelido. Só assim se explica a minha adesão instantânea à estratégia 'burrocrática' do 'envie-me um e-mail que eu depois respondo...'. 
Anyway, o que realmente me assusta é o facto da excepção se ter tornado regra sem que eu tenha dado por isso. Actualmente, 90% do meu dia é passado na companhia de mensagens escritas, sejam elas através do WhatsApp, do Facebook, do BlackBerry Messenger e/ou blog. Actualmente, tudo comunica e não é preciso muito para nos conectarmos à grande teia da aldeia global - já dizia McLuhan: The medium is the message. E se porventura antes tinha uma explicação para o fazer desta forma, hoje faço-o pelo o gosto inerente. 



A personagem Carrie Bradshaw, da série Sex and the City, já nos tinha alertado para este flagelo do século XXI, mas naquela altura ainda sentia aversão às novas tecnologias - e-mails e tablets soavam a coisa dos filmes de ficção científica, da qual nunca pensei fazer parte... 




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